Há nove meses sem salários, os educadores de reforma agrária de nove
acampamentos do Rio Grande do Sul iniciam nesta segunda-feira, às 15h30,
uma greve de fome por melhores condições de trabalho nas escolas
itinerantes.
As escolas itinerantes foram criadas no Rio Grande do Sul há doze anos e
são reconhecidas pelo Conselho Estadual de Educação e seu funcionamento
é de responsabilidade do Governo do Estado, como qualquer escola
pública. Além da falta de pagamento dos educadores, as escolas
itinerantes convivem com a falta de material didático e merenda escolar.
A situação das Escolas Itinerantes é resultado da política educacional
do Governo do Estado. Em um ano, a SEC fechou ou transferiu às
prefeituras 122 instituições — a maioria localizada em áreas rurais. O
processo de "enturmação" usou 47,9 mil turmas para agrupar 1,3 milhão de
alunos. Além de fechar núcleos de educação de jovens e adultos,
bibliotecas e laboratórios nas escolas e de se recusar a adotar o piso
nacional do magistério.
A proposta orçamentária do Estado para 2009, não
cumprirá a determinação da Constituição Federal que exige 35% das verbas
para educação, orçando apenas 26%. Todos os cortes atingem de forma mais
grave as escolas de áreas rurais.
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